O Rio de Janeiro é uma cidade única no mundo, apesar de ser a segunda maior cidade do país e possuir uma população de aproximadamente 6 milhões de pessoas, ainda é possível admirar e ter alguns encontros com incríveis com a vida selvagem!
Nesse post, você irá conhecer 4 animais que encontramos com uma certa frequência durante nossas trilhas e jeep tours pela cidade maravilhosa!
Macaco-prego (Sapajus nigrittus)
Esses caras são os sabichões da floresta. São animais extremamente inteligentes e algumas populações usam ferramentas para abrir frutos de casca dura! São animais sociáveis, vivendo em grupos de 5 a 40 indivíduos, dependendo do habitat no qual se inserem. São onívoros, tendo sua dieta composta majoritariamente de frutos e insetos.
Vemos com frequência essa espécie durante o nosso Tour 1, principalmente próximo à Cascata Taunay, onde dispõe de uma grande oferta de alimentos deixados pelos visitantes nas lixeiras e mesas.
São animais longevos, vivem em média 46 anos na natureza e 55 em cativeiro. O macaco-prego é uma espécie nativa da Mata Atlântica e também muito adaptável a ambientes alterados pelo homem.
Uma curiosidade a respeito da espécie é que o pênis dos machos, quando ereto, apresenta formato de prego, dando origem ao seu nome popular!
Sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus)
O sagui-de-tufo-branco, Callithrix jacchus, é um primata de pequeno porte comumente avistado nas trilhas e em áreas urbanas por toda a cidade do Rio de Janeiro. Apesar de muito comum, o saguide-tufo-branco é uma espécie exótica e invasora que possui origem no Nordeste do país, esses fofões podem representar uma ameaça às espécies nativas seja pela predação ou competição.
Convivem em grupos de três a quinze membros, compostos por indivíduos reprodutores e não reprodutores e vivem cerca de 16 anos em cativeiro. Eles comem de tudo insetos, folhas, frutos, flores, ovos, filhotes de aves e não recusam comida humana industrializada.
É muito importante não alimentar esses animais, pois isso estimulará o aumento de sua população, que já é demasiadamente grande, desfavorecendo muitas espécies nativas, seja forte e resista ao ataque de fofura deles!
Cotia (Dasyprocta leoporina)
Já ouviu falar de "golden shower"? pois é, os machos dessa são adeptos dessa técnica e urinam nas fêmeas como um dos seus rituais de acasalamento! Na foto abaixo podemos ver a expressão de uma fêmea que acabou de passar por esse ritual - hehehe, brincadeira! .
A gestação pode ocorrer até duas vezes por ano e varia de 3 a 4 meses, onde nascem de um a dois filhotes.
A cotia é conhecida fundamental como dispersora de sementes. Possuem o hábito de percorrer longas distâncias e enterrar as sementes para consumir futuramente. Eventualmente, algumas dessas sementes germinam e se transformam em mudas.
A árvore nativa da Mata Atlântica Joannesia princeps depende tanto da cotia para a dispersão das suas sementes que é conhecida popularmente como "cotieira"!
Outro fato super interessante sobre a cotia é que a espécie foi utilizada no projeto Refauna da UFRJ, cujo objetivo é restaurar as interações ecológicas da Floresta do Parque Nacional da Tijuca pela introdução de espécies nativas da fauna.
Quati de cauda anelada (Nasua nasua)
Agora é hora explodir o "fofurômetro" dos nossos leitores, te apresentamos o Quati! Esses caras são generalistas, ou seja, comem de tudo e mais um pouco e, por isso, são adaptáveis a uma diversa gama de ambientes, mesmo aqueles com presença humana significativa. O Quati é comumente avistado no Parque Nacional da Tijuca e é também o símbolo do Parque! Em nossos Tours 01 e 03 vemos frequentemente esta espécie!
Assim como no BBB 20, as fêmeas expulsam os machos adultos do bando que podem variar de 15 a 40 indivíduos (ALLEVATO, 2013). Os machos então são condenados a viver uma vida de exílio, se aproximando do bando no período de acasalamento que, normalmente, coincide com o período de maior disponibilidade de frutos.
A gestação dura cerca de 10 a 11 semanas, nascendo entre dois a sete filhotes (REIS et al., 2011). As mamães quatis constroem ninhos nas copas das árvores que servem tanto para abrigar os filhotes, quanto para descansar. Após 5 semanas, os filhotes saem dos ninhos com as mães e se juntam ao bando.
É importante não alimentar esses animais, visto que os quatis acabam se acostumando com uma rota pré-determinada de alimentos em abundância, o que pode comprometer a sua função como dispersor de sementes.
E você, já viu alguma dessas espécies? Comenta aí embaixo!
E se você é do tipo de pessoa que ama fazer trilha e aprender sobre a fauna e flora local, considera fazer um passeio com a gente!
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ONE CARIOCA DAY,
A natureza nos conecta!
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